28 de Janeiro. José Alencar em Cinco Minutos

Nascido na Messejana(CE), o poeta, jornalista, político, advogado, dentre outras vocações. Foi autor de grandes clássicos da literatura brasileira como Iracema (1865) e Ubirajara (1874). Uma de suas principais homenagens foi a cadeira na Academia Brasileira de Letras de número 23. Nas discussões que antecederam a fundação da academia, seu nome foi defendido por Machado de Assis para ser o primeiro patrono, ou seja, nominar a cadeira 1. Mas não poderia haver hierarquia nessa escolha, e resultou que Adelino Fontoura, um autor quase desconhecido, veio a ser o patrono efetivo. Sobre esta escolha, registrou Afrânio Peixoto:

"Novidade de nossa Academia foi, em falta de antecedentes, criarem-nos, espiritualmente, nos patronos. Machado de Assis, o primeiro da companhia, por vários títulos, quis dar a José de Alencar a primazia que tem, e deve ter, na literatura nacional. A justiça não guiou a vários dos seus companheiros. Luís Murat, por sentimento exclusivamente, entendeu honrar um amigo morto, infeliz poeta, menos poeta que infeliz, Adelino Fontoura."

Agora pra vocês pessoal, uma poesia de classe A do poeta José de Alencar cinco minutos:

"Um dia iras errante pelas vastas solidões dos mares
ou pelos cimos elevados das montanhas, longe do mundo,
sob o olhar protetor de Deus,
à sombra dos cuidados de nossa mãe,
mas até isso viveremos tanto um com o outro,
encheremos de tanta afeição os nossos dias, as
nossas horas, os nossos instantes juntos , que,
por mais curto que seja o nosso tempo juntos,
teremos vivido por cada minuto séculos de
amor e de felicidade.
Eu espero; mas temo.
Espero-te como a flor desfalecida espera o raio de sol que
deve aquecê-la, a gota de orvalho que pode animá-la, o hálito
da brisa que vem bafejá-la.
Porque para mim o único céu que hoje me sorri, são teus olhos;
o calor que pode me fazer viver, é o do teu seio.
Tens mais dúvidas do meu amor?"

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